O caruru de Cosme e Damião é uma das tradições da Bahia: deliciosa, forte e muito amada por nós soteropolitanos.
Eu nasci no dia de São Cosme e São Damião, 27 de Setembro de muitos anos atrás e por essa razão meu aniversário sempre foi um ritual. Desde meu primeiro ano de vida, minha mãe resolveu fazer o caruru de preceito (obrigação) que dura até hoje, com algumas adaptações. Os santos gêmeos fazem parte de minha história e de minha existência.
“Cosme e Damião
Vem comer seu caruru
Cosme e Damião
Vem que tem caruru pra tu
São Cosme mandou fazer
Duas camisinha azul
No dia da festa dele
São Cosme quer caruru
vadeia Cosme, vadeia
Tô vadiando na areia…” Mariene de Castro
Devoção

São Cosme e São Damião
Os santos são católicos, mas o ritual é africano. Cosme e Damião nasceram no Oriente por volta do século III d.C. e praticaram a medicina caridosa em nome de Jesus Cristo, uma vez que eram cristãos convictos. Eles foram degolados por ordem do Imperador romano Diocleciano, que perseguia os fieis do messias.
A devoção aos santos foi trazida ao Brasil pelos portugueses, por volta de 1530, mas misturou-se às práticas dos escravos africanos e ao culto aos orixás meninos ou Ibeji, em um sincretismo religioso que confere identidade a essa Bahia tão rica, múltipla, complexa.
O rito de meu aniversário

Cortando quiabo

Cortar o quiabo bem miudinho para fazer o caruru

Cortar quiabo dá trabalho, mas o resultado vale à pena

Quer comer caruru?! Vamos cortar quiabo!

As panelas vão para o fogão
O rito de meu aniversário começava uns dias antes com a compra dos ingredientes: galinha, camarão seco, amendoim, pipoca, feijão fradinho, farinha, quiabo e claro a estrela da gastronomia baiana: o azeite de dendê, responsável pelo colorido e sabor característico.
Minha irmã e eu ajudávamos a cortar os quiabos e depois de um tempo, com a mão cansada, recebíamos reclamação de nossa mãe: pequeno, vocês têm que cortar pequeno, estão cortando muito grande, não vai ficar bom. Para mim, a festa começava ali. Hoje essa tarefa é de minha irmã.
Panelas enormes ficavam sobre o fogão, o cheiro tomava conta da casa. Minha mãe orquestrava tudo com desenvoltura. Era a dona, a maestra e a mestra. Eu ficava peruando, junto com minha irmã, metendo a colher aqui e acolá e tomando bronca.
O caruru

Alguns pratos que compõem o caruru

Com vocês a estrela do pedaço: o caruru!
O caruru é composto do caruru em si, que é o prato feito com quiabo, do vatapá, da galinha, da farofa de dendê, do arroz branco, do feijão fradinho, da pipoca, do acarajé e do abará, da banana frita e da cana. Além, claro de muitas balas e no caso de meu aniversário, as melhores cocadas do mundo, preta e branca, preparadas por minha querida avó, que hoje mexe o doce em algum lugar no outro plano.
A tradição diz para colocar sete quiabos inteiros, mais ou menos do mesmo tamanho. Quem pegasse algum deles teria que oferecer aos santos e amigos, a partir do ano seguinte o caruru. Coincidência ou não, um deles sempre aparecia em meu prato, para exclamação geral: não tem como escapar! Ano que vem teremos caruru de novo!
Primeiro Cosme e Damião: os homenageados

Os homenageados comem primeiro
Nós só podíamos começar a comer depois que fossem tiradas as porções de Cosme e Damião, que eram colocadas em folhas específicas chamadas prato de São Cosme, cujo pé tínhamos no quintal de casa. Nessas folhas eram colocados um pouco de cada um dos componentes do caruru e os pratos eram ofertados e posicionados diante das imagens dos santos, que deveriam ficar ali por uma semana, com duas velas constantemente acesas. Ao cabo de tantos dias, a comida dos santos era jogada em uma área de mata.
Depois disso, sete crianças-meninos deveriam almoçar, em torno de uma mesa. Só então chegava a nossa vez de nos deliciarmos com tantas gostosuras.
Morávamos em uma casa e meu dia era quase sempre uma festa. Depois que os meninos comiam, apareciam mais muitos deles, assim como adolescentes e meninas também querendo caruru. A casa estava aberta e durante o dia inteiro era gente entrando e saindo: amigos, primos e primas, tios, tias e muitos desconhecidos. Naquela época não havia violência! Nos últimos anos tivemos que fechar as portas.
Mainha é a fada do dendê

O caruru

Uma delícia só este caruru de mainha! O melhor da cidade!

O prato é assim mesmo: tudo junto, misturado e enorme!
Minha mãe é uma fada do dendê, faz um caruru dos melhores. Tem mão boa para comidas baianas e muitos amigos, além da imensa família, esperavam setembro com ansiedade, só para comer o caruru dela. Hoje privilégio apenas de meu pai, minha irmã, Léo (que é o santista com alma mais baiana que conheço) e eu, claro, a homenageada do dia junto com os santos.
A cana era meu presente de todo ano, de Ernestina, que me viu crescer e sempre aparecia para ajudar a cortar quiabo. O abará, ganhava de Rosa, filha de baiana do acarajé, que conhecia muito bem como nos comover com a iguaria. O vatapá até hoje é feito por uma de minhas tias que tem Graça no nome. Presentes mais que desejados, pessoas mais que queridas.
A tradição, a promessa de todo ano oferecer aos santos um caruru, assumida por minha mãe para mim vai durar enquanto ela for viva. Não darei continuidade. Não vejo problema nisso, porém, porque ela vai durar no mínimo, mais uns 200 anos!
A Paróquia São Cosme e São Damião, no bairro da Liberdade, em Salvador, costuma ficar lotada no dia de hoje.

Caruru, feijão fradinho, farofa, banana da terra – tudo no dendê
As fotos que ilustram esse texto são de anos distintos sendo algumas delas bem antes de existirem as câmeras digitais. 🙂
Quer conhecer um lugar legal em Salvador?! Então clica no link bem aqui abaixo!
Siga o Espiando pelo Mundo: Facebook, Instagram, Twitter e Trip Advisor
Se você clicar na imagem abaixo esse texto ficará guardado em seu Pinterest! 🙂
Para mais inspirações e histórias de viagem siga o perfil do Espiando pelo Mundo no Pinterest.
Tradições da Bahia
Se você, meu caro viajante, gostou de conhecer um pouco sobre as Tradições da Bahia, compartilhe em suas redes sociais para que os amigos leiam também!
Os botões de compartilhamento estão aqui abaixo.
Eu não conhecia esta tradição e gostei muito de saber. Eu adoro comida baiana e o caruru também.
Que bom Ana, que você gostou de conhecer um pouco sobre nossas tradições baianas. Eu também adoro a culinária baiana, mas sou suspeita né?! rsrs
Comida baiana é sempre bom em qualquer lugar, e essa tradição eu também não conhecia
Tenho que concordar!!! Comida baiana é boa demais! Que bom que pude apresentar um pouco de baianidade para você! ehehe
Que história legal Ana, e que ainda tenha muitos dias felizes com a tradição que sua mãe iniciou! Beijos
Amém, amém! Que assim seja! Mais muitos anos de muito caruru! rsrsrsrs
Hahaha! Amei esse relato de aniversário! rsss =D
Que bacana poder ter um aniversário animado como esse e cheio de carinho da família, aproveite mesmo essa família baiana e essa festa que ainda vai durar 200 anos! hehe =)
Pois é… meu pedido para Cosme e Damião é bem esse: mais uns 200 anos de comemoração! rsrsrs
Que coincidência. Estou escrevendo um post sobre como a devoção de Cosme e Damião chegou em Roma. E, por favor… não me fale em cocada! kkkkk. Meu doce favorito na infância.
Oi Luciana!!! Quero MUITO ler este texto!! Vou ficar de olho para não perder de jeito nenhum! rsrs Ah… cocada tem mesmo cheiro de infância! 🙂
[…] Conheça mais um bocadinho de Salvador, essa cidade intensa e apimentada: Tradições Baianas. […]
Feliz aniversário (um dia atrasado, mas vale, né?)
Confesso que pulo o caruru (já provei, mas não sou chegada em quiabo =/), mas amo os doces e toda a tradição envolvida 🙂
oi Camila… obrigada! De fato não é todo mundo que gosta do caruru por causa do quiabo. ehehehe
O bom é que muitos pratos envolvem o que chamamos de caruru! rsrsr bjs
Ana, primeiro parabens de novo!
Segundo, que post delicioso! Me deu saudade da Bahia, me deu saudade de mainha, me deu alegria de ver tanta tradição, historia, tempero e alegria! Esse dia representa muito para a cultura de um povo, representa muito pra você! Já quero provar esse caruru qualquer dia de seus anos, porque não tem como resistir a querer participar dessa festa 🙂
Obrigada Klécia… está convidada desde já. 🙂 Quando voltares à Bahia vamos fazer um tour gastronômico. rsrs bjs
Nossa, isso deve ser uma verdadeira delicia! A gastronomia baiana deve ser fabulosa! Nós somos apaixonados pelas barraquinhas de baianas (em feiras) mas até hoje não fomos além disso! temos muuuuita vontade de conhecer a Bahia e um dos maiores motivos é justamente a gastronomia!
Parabéns pelo aniversário! E pela tradição tbm! hehe 😉
Eu sou suspeita Itamar, porque sou filha da terra, criada com dendê! 🙂
A gastronomia baiana é muito rica, forte, apimentada e deliciosa! Tomara um dia você prove nossos sabores!
Obrigada pelos parabéns! 🙂 bj
Fiquei completamente fascinado com estas histórias, que maravilha estas tradições serem conservadas para próximas gerações, nossa cultura é o que temos de mais importante! Lindo Post!
oi Fabio… estou totalmente em acordo com este pensamento: nossa cultura, nossa riqueza. Acho que devemos mesmo preservar! 🙂 Fiquei feliz que você tenha gostado desse compartilhamento de um pedaço da Bahia. 🙂
Parabéns Analuiza pelo aniversário e por manter uma tradição assim tão especial.
Acredita que morando na divisa com a Bahia nunca comi o famoso caruru? Agora fiquei ainda mais curiosa.
Beijão e muitas viagens maravilhosas.
Obrigada Fabíola! 🙂
Menina, então você precisa experimentar o caruru!!!! Não é todo mundo que gosta, mas vale tentar né?! bjus
Aninha
Estou com este post aberto em meu PC desde o teu aniversário! Vc falou tanto deste caruru que fiquei super curiosa em saber o que era.
😉
E no fim das contas, neste ano o quiabo foi novamente para o teu prato?
Confessa que vc ficou me mandando altos áudios via whatsapp para não cortar o quiabo!? rsrsrsrs E falando em quiabo…. desde que abri este post, estou com vontade de comer quiabo (do meu modo simples mesmo)!
Jà que vc curte historinhas, là vão 2:
O Thi, que é filho de baiana, não conhecia o Caruru e nunca tinha ouvido falar deste prato (pelo jeito minha sogra é uma falsa baiana). Aliás, não sei se te falei, mas ele cresceu em família adventista e era proibido a pegar os doces de Cosme e Damião e até mesmo de saber a vida de qualquer santo. Mas o fato mais curioso é que ele descobriu que Cosme e Damião eram 2 santos quando estàvamos em algum museu (não me lembro qual, acho que foi na Itália) e vimos um quadro com os dois. Ele me olhou espantado e disse: “São 2? Não é um santo que se chama Cosmidamião?”
Ri muito dele por tempos! rsrsrsrs
Me acabando de rir com o Cosmidamiao!!!!!!!! Ele precisa visitar a Bahia para descobrir suas origens! rsrsrs Baiano que nunca ouviu falar de caruru?! Esta é tão novidade para mim quando o cosmidamiao, ehehehe. Como este estado é um mundo inteiro de complexidade e variedade, contudo, nem me surpreende! rsrsrs bjus
Muito legal! Um Feliz Aniversário atrasado… É tão ir descobrindo essas coisas do nosso Brasil! A diferença e variedade da nossa cozinha! Vontade de provar o caruru…
oi Bruno… eu também adoro descobrir as tradições de nosso Brasil, tão grandão, cheio de diversidade… Que bom que gostou de conhecer um pouquinho da Bahia! Obrigada pelos parabéns! 🙂
Não sabia da tradição do caruru…. Cosme e Damião me remete à infância e doces… muitos… dos vizinhos, amigos e desconhecidos…rs… Adorei obter mais essa informação!
oi Cris… em algumas outras cidades se comemora mesmo com doces e balas. Aqui, a gente até tem doces e balas em saquinhos com a imagem de cosme e damião (na verdade tinha na minha infância) mas a tradição mesmo pede caruru! 🙂 bj
Sempre ouvi falar que uma das grandes qualidades da cultura da Bahia era a sua gastronomia. As fotos e a descrição do prato que fizeste são o exemplo perfeito que atesta essa qualidade. parabéns pelo post!
Obrigada Pedro… a Bahia é um estado múltiplo, complexo, variado, interessante… Com certeza a gastronomia é um de seus aspectos culturais mais atraentes! 🙂
Tô com água na boca aqui! Comida baiana é MUITO gostosa! Onde que vou encontrar isso aqui na Holanda a essa hora (2 da manhã)? KKKKKK
oi Roberta… sou super suspeita pois como boa baiana que sou, amo a gastronomia de minha terra. 🙂 Sabe que quando visitamos a Holanda, uma amiga pernambucana morava por aí. Pois bem, levamos para ela uma garrafinha de dendê porque ela estava doida de saudade de uma boa moqueca! rsrsrs bj
Querida Analuiza, o seu aniversário foi só há uns dias, então os meus parabéns. Espero que tenha sido luminoso e com um tradicional caruru da mãe. Fiquei impressionada com o ritual ao São Cosme e São Damião, apesar de não ser crente, emocionam-me sempre esse tipo de manifestações de fé. E o tamanho desse prato? Como é que vc come assim e se mantém tão esguia? São as corridas ou o yoga?
Muitos beijinhos
Ruthia, querida… obrigada pelas felicitações e boas energias. Atravessaram o oceano e chegaram por aqui. Também não sou crente, mas esta é uma tradição bonita e muito gostosa!! Amo caruru e amo ter nascido neste dia para comer muito caruru!! rsrsrs Um conjunto das duas coisas me mantém magricela assim: correr por aí e praticar yoga com o coração e com a alma! Namastê e beijo enorme!!!
Adorei ler sobre as tradições da Bahia do Cosme e Damião… e que vontade de comer Caruru! (mas que preguiça de picar quiabo hahahaha)
oi Gabi… para comer tem que cortar!!! rsrsrs mas vira uma terapia, um momento de conversa mole e o tempo passa voando! Além disso, a recompensa, vale muito!!!! 🙂
Que legal, não conhecia essa tradição da Bahia! De Cosme e Damião eu só conhecia a tradição de dar doces para as crianças, rs. Adorei conhecer 🙂
Bonita né?! Uma pena que estamos perdendo… junto com o caruru distribuímos doces também. Tinha até saquinho próprio com a imagem dos santos gêmeos. 🙂 bjs
Quando fui para a Bahia fugi de todas as comidas típicas devido ao marketing negativo que haviam feito na comida apimentada. Quando retornar terei que rever os meus conceitos.
Sério?! Perdão, mas a comida baiana é variada,forte e colorida, mas só coloca pimenta quem quer! Acho que quem te passou estas informações não entende absolutamente nada da fantástica gastronomia baiana. De todo modo, mais do que gastronomia, o texto fala sobre uma rica e antiga tradição nossa, muito nossa!
A comida Baiana é maravilhosa, cheia de temperos, tradições . Adoro caruru ! Cosme e Damião me lembra muito minha infância pois no Nordeste é bem forte a devoção a eles
oi Sil… imagine só o quanto eu não amo caruru! Sou super suspeita, mas amo as comidas de dendê! 🙂 Este nosso nordeste é muito rico culturalmente!
Pratos tradicionais e típicos são uma delicia né? Adorei saber mais sobre Cosme e Damiao.
Ah, Eu adoro cocada também, fiquei ate com vontade! haha
oi Diego… eu adoro as gastronomias cheias de identidade de um lugar!!! Uma viagem por cores e sabores pode ser inesquecível! 🙂
Quando era criança lembro que uma vizinha nossa sempre comemorava Cosme e Damião e a gente comia muito doce. Muito legal conhecer mais dessa tradição…
Ah! Que delícias estas nossas memórias de infância, né?! Nossas raízes, nossas tradições! 🙂
acredita q eu so comi quiabo umas duas vezes na vida! quando for pra bahia vou ter q por em dia hein aheuae
Quiabo é aquela coisa que as pessoas amam ou odeiam! Dificilmente tem meio termo, mas quando voltar se jogue no caruru ou na quiabada e morra feliz de tanto comer!! Depois me conte se entrou para o time dos que amam ou odeiam!! rsrs
A Bahia e suas tradições me encantam e comida então amo tudo. Não vejo a hora te voltar para lá
A Bahia e suas tradições… uma delícia de viagem! 🙂
Que post mais lindo e leve de se ler. Não conhecia essa tradição, mas já queria uma para chamar de minha. Deve ser muito bom fazer aniversário junto com Cosme & Damião. Aproveito e já deixo os parabéns para vcs três. =D
Obrigada Martinha! Fico feliz que tenha lido e gostado do texto! Nessa tradição e em todo esse dendê estão fincadas minhas raízes mais profundas! Eu gosto de ter uma tradição para chamar de minha! rsrsr bjuuss
Que delícia ler esse post quando estava procurando saber mais sobre cosme e damião (vai ser daqui 6 dias, feliz aniversário! Rs). Eu sempre vou numa festa de amigos que celebram muito essa data, então to super nostalgica e ao mesmo tempo chateada que não vou comer meu caruru esse ano… =/
Mas ansiosa pro próximo!! Obrigada por dividir com a gente
oi Marcella… obrigada pelos parabéns!!! Ter um caruru para chamar de meu todo ano é das alegrias de minha vida! Enquanto houver mainha nesse plano, haverá caruru para mim! 🙂 bjuuussss
Tradição muito bonita e interessante essa do caruru de Cosme e Damião! Fiquei com água na boca! Gostaria de experimentar um dia esse prato tão ligado às tradições baianas. Feliz aniversário Ana e parabéns por esse lindo texto!
Tomara Luciana, que um dia você possa mergulhar nessa tradição baiana através dessa deliciosa viagem gastronômica! Obrigada pelas felicitações! Fico feliz ainda que você tenha lido e gostado do texto! 🙂 bjus
Encantadora a comemoração do seu aniversário, adorei! Eu amo quiabo e faz alguns anos que não como, infelizmente na Itália não tem e sempre que vou ao Brasil acabo não comendo… vou mudar isso, vc me deixou morrendo de vontade de comer ahahaha
oi Carolina… se um dia estiver por essas bandas entre setembro e outubro, busque pelo caruru. Se gostas de quiabo, possivelmente vai gostar, não só do caruru em si, como do conjunto da obra. 🙂
Que história legal! Faz tanto tempo que comi caruru, que nem lembro mais o gosto kkkkk – preciso comer de novo! Acho engraçado demais q ligo zero pra religião, mas estudei a vida inteira em escola católica – fiz todos os rituais de 1a comunhão, crisma etc mas nunca tinha ouvido falar de São Cosme e Damião até bem recentemente no Twitter!!!! kkkkk Parabéns!!!!
Aqui a tradição é bem forte! Tomara que você coma caruru de novo qualquer dia desses Fer. 🙂 bjus
Amei conhecer um pouco mais sobre as tradições da Bahia, especialmente com um olhar tão íntimo, de quem vive e respira esse lindo Estado em toda sua plenitude. Achei muito legal o rito do aniversário, pena que eu não gosto de quiabo… rsrs
Lulu… também para quem não gosta de quiabo (como assim?! rsrsrs) o caruru é um prato perfeito porque dele fazem parte também o feijão, a farofa… tudo no dendê! Devia experimentar quando tiver oportunidade! 🙂 bjus
Acredita que nunca acompanhei um caruru tradicional, embora alguns colegas já tenham realizado? Mas só ao ler seu post que me dei conta do que eu perdi de saborear, deu vontade fazer um pratão desse em homenagem aos santos Cosme e Damião. Da próxima, não perco. E aproveitando, feliz aniversário antecipado.
Quando gastronomia e tradição cultural se encontra, temos alegria para o corpo e para a alma. 🙂 Obrigada pelas felicitações! 🙂 bjs
Não sabia dessa tradição culinária do caruru de Cosme e Damião. Sou nordestina e Cosme e Damião me lembra muito minha infância . Comia muito doce nessa época . Bom demais!
Em alguns lugares a comemoração é com doce, aqui é com caruru!!! Amo esse prato tão nosso!!! 🙂
Nunca tinha ouvido falar de caruru de COSME e DAMIÃO! Que engraçado! Parece ser delicioso, mas ainda melhor é a parte social, em que todos se juntam. É mesmo assim que imagino o Brasil.
oi Carla… pois é isso! Por aqui adoramos uma aglomeração! Se for em torno de uma boa mesa então! Nossas tradições, aqui na Bahia, são uma mistura forte entre os indígenas nativos, os portugueses colonizadores e os negros escravizados. Uma mistura complexa e interessante! Tomara um dia você possa provar do caruru e das demais coisas dessa terra chamada Bahia. bj
Fiquei com água na boca ao ler seu artigo. Acredita que nunca experimentei caruru? Acho que preciso mudar isso urgentemente
Se estiver pela Bahia, sugiro mesmo experimentar: história e sabor, é o que o caruru tem para te oferecer! 🙂