Estava cada vez mais apreciando meus dias na capital da Rússia. A cidade seguia me encantando com um misto de beleza e dureza. Paradoxos que me atraem, pois fogem do convencional. Naquele dia, depois de observarmos a Casa Branca, partimos para a rua mais antiga de Moscou chamada Arbat.
A velha Arbat, como é conhecia a rua mais antiga de Moscou, tem mais de 520 anos. Um calçadão que fica tomado por turistas e moscovitas que perambulam por ele. É margeado por casarões antigos que abrigam restaurantes, cafés e lojas de lembranças de viagem.
Há quem afirme que a velha Arbat é a alma de Moscou.
A história da velha Arbat

Todo o charme da velha Arbat
Sendo a rua mais antiga de Moscou, com mais de 5 séculos, é natural que sua história seja longa.
No século XV, a maioria das casas em Moscou era feita de madeira. Ardiam frequentemente. No finalzinho deste século uma igreja próxima pegou fogo que rapidamente se espalhou queimando boa parte da Moscou daquela época.
As casas da velha Arbat não escaparam. Comerciantes e artesãos que aí viviam perderam tudo.
No século XVIII, novo incêndio. A rua precisou então ser reconstruída e o comércio local deu lugar aos aristocratas que construíram belas e imponentes mansões.
Contudo, uma cidade é viva e está em constante transformação. Com Moscou não foi diferente e a burguesia cada vez mais crescente foi ocupando a velha Arbat: lojas, cafés, restaurantes e padarias espalharam-se pela rua mais antiga de Moscou. Toda gente comprava por lá.
Histórias de personagens da velha Arbat e os séculos seguintes
Há claro, histórias sobre os personagens dessa época. Uma que eu descobri totalmente ao acaso fala sobre um padeiro de nome Ivan Filippov envolvendo um perrengue com o Governador Geral de Moscou chamado Zakrevsky.
O governador certa feita encontrou nos produtos adquiridos na padaria de senhor Filippov uma barata cozida. Enfurecido chamou o padeiro para tomar satisfações. Reza a lenda que ele agitava pão em frente ao nariz do Filippov que arrebatou a tal barata do pão e a comeu.
Em seguida indicou ao governador que aquilo era uma passa, sem contudo conseguir convencê-lo que afirmava que aquilo não existia. O padeiro então correu para a padaria, jogou uma caixa de passas na massa do pão e no final das contas não só convenceu o governador, como o pão com passas virou um sucesso na cidade.
Se aconteceu de verdade, eu não sei. Isso é o que contam os cronistas!
Já no século XX a velha Arbat virou um lugar de boêmia e de artistas: cantores, poetas, literatos e intelectuais passaram a frequentar a rua mais antiga de Moscou que ganhou teatros como o Teatro Acadêmico Vakhtangov e casas de poesia.
No século atual é comum encontrarmos artistas de rua expondo sua arte aos passantes.
Almoço no Hard Rock Cafe de Moscou

O Hard Rock de Moscou
Quando ai chegamos num fim de manhã, a velha Arbat estava bem movimentada. Misturamo-nos, caminhamos, entramos em uma outra lojinha, dispersos, aéreos.
Aí está a casa-museu do poeta russo Pushkin, no número 53, onde ele morou com sua esposa, Natalia Nikolaevna, após o casamento, no século XIX.
Há muitos restaurantes pela velha Arbat. Como Leo e eu colecionamos camisas do Hard Rock com nomes das cidades que visitamos, fomos até ele, que fica no número 44.
Como era nosso mês de aniversário, ganhamos uma sobremesa de presente, então o almoço terminou rolando ali mesmo. Foi um momento globalização: dois brasucas, em um bar inglês, comendo comida mexicana, ouvindo música colombiana, na capital russa.
Hard Rock Café: Stary Arbat, 44 ou ул. Арбат, 44.
Depois do almoço seguimos em nova busca pela casa-museu do escritor russo Gogol.
Nossa primeira busca pela casa de Gogol se transformou em uma tarde memorável. Quer saber como foi?! Então clica no link bem aqui abaixo.
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Arbat, a rua mais antiga de Moscou, Rússia
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Adoro lendas urbanas e me diverti com a história do padeiro. Será que é por isso que eu não curto nada com passas?
Hahahahahaha
E pelas suas fotos, essa rua parece mesmo ser um charme!
Opa… será por isso que não gosto de passas também! rsrsrs