Montevidéu é uma cidade agradável, ótima para se conhecer caminhando. O deslocamento por ruas planas e arborizadas, prédios interessantes: uma forma de sentir a cidade, observá-la e mais ainda, fazer parte dela.
Contudo, como algumas distâncias são largas e/ou há lugares não recomendados para caminhadas, utilizamos inúmeras vezes os táxis para nos deslocarmos na capital uruguaia, em todas as novas visitas.
Táxis: deslocamento em Montevidéu

Táxis pelas ruas de Montevidéu
Os táxis em Montevidéu tem um vidro que separa o banco traseiro dos bancos dianteiros. O que fiquei sabendo quando estive lá em 2010 foi que eles foram colocados para proteger os motoristas da violência que crescia no país.
Foi colocado em 1994 e parece que não impediu que os taxistas continuassem a ser roubados. A divisão de vidro diminuiu o espaço traseiro fazendo de nós verdadeiros acrobatas para nos acomodarmos naquele espaço apertado.
Tagarelice
Muitas vezes eu fui no banco do carona, tagarelando com os motoristas, que foram sempre muito simpáticos e receptivos. Ouvi histórias muito bacanas.
Alguns deles me disseram que era muito comum que pessoas entrassem em seus táxis mudas e saíssem caladas, por isso eles estavam muito felizes com minha tagarelice que eles consideraram simpática. Fiquei rosa, roxa com o elogio. E satisfeita por saber que não estava atrapalhando ou incomodando!
Contação de histórias reais
Um deles me contou que tinha morado nos Estados Unidos por 2 anos, economizado certo montante e que ao voltar ao Uruguai havia comprado 2 táxis. Contou ainda que pretendia trabalhar por mais uns anos e que depois se aposentaria, compraria uma casa em alguma praia na Bahia e viveria feliz os anos de vida que restassem.
Fico pensando se ele realizou seu sonho. Lá se vão 7 anos desde que tivemos esta conversa.
Naquele longínquo ano de 2010 não havia muitos brasileiros vivendo por lá. Não tenho certeza, mas acho que esta realidade mudou um pouco.
Teve um motorista que era muito doido, falava engraçado, não tinha os dentes, estava com a roupa meio suja. Disse-me que foi casado com uma brasileira nascida no Piauí, mas que estavam seprados. Contou também que era descendente de italianos e me mostrou a foto de sua casa.
Futebol, claro
Faltavam poucos dias para começar a Copa do Mundo de 2010 e eles estavam muito confiantes em relação a atuação da seleção uruguaia que ficou em quarto lugar.
Um senhor muito simpático, torcedor do Peñarol me disse que assistiu a muitas partidas do Pelé quando ele foi jogar com o Santos em Montevidéu. As partidas eram a certeza de espetáculo, me disse ele.
Falou, que quando o Santos de Pelé e Pepe entravam em campo o estádio parava, ovacionava e ia a loucura. As palavras dele “O time era formado em sua maioria de negros, usando aquele uniforme branco, era espetacular…”.
Não lembro mais de todas as histórias ou de todo os rostos. O que ficou foi a certeza de um povo simpático e gentil traduzidos não só pelas conversas com os taxistas como em muitas outras em diversos e variados lugares que visitamos.
Nas visitas seguintes o Léo tomou meu lugar no banco da frente e a tagarelice também rolou solta entre ele e os taxistas. Eu fui atrás, pegando nesgas das conversas.
No ano seguinte, em 2011, o Santos foi campeão da Libertadores em cima do Peñarol, no famoso Estádio Centenário. Nós estávamos lá. Quer ver como foi?! Toda esta história, com muitos perrengues, envolvendo até um vulcão, está neste link bem aqui abaixo:
+ Uma história de viagem e futebol
Como pegar táxi em Montevidéu
Pegamos os táxis sempre na rua, acenando com a mão, em áreas diversas da cidade e não tivemos a menor dificuldade nisso.
A central, 1771 ou 141, recebe sms. Basta enviar uma mensagem de texto com o nome da rua, o número da casa/hotel e a esquina mais próxima. A central aciona o taxi mais próximo.
Há também apps como Easy Taxi e Voy en Taxi.
As corridas custaram entre 15 e 20 reais.
Para chegar ao Mercado do Porto, por exemplo, pegamos um táxi. Quer conhecer o Mercado do Porto?! Clique no link bem aqui abaixo:
+ Mercado do Porto em Montevidéu
Legal ler sobre sua experiência com os Taxis. Quando fomos a Montevideo em dezembro do ano passado fizemos todo o deslocamento com Uber ou com ônibus, para economizar. O Uber funcionava bem nas áreas mais centrais e durante o dia. à noite e em locais afastados demorava bastante pra vir o carro, mas fazendo as contas ficava mais barato que o taxi comum…
oi Gabriela… muito boas suas informações sobre outras formas de deslocamento. Com o táxi não tivemos problema desse tipo, pois era só colocar a mão… rsrsrs
Economizar é sempre uma boa ideia; o problema do Uber é que necessitamos de internet no telefone e não tenho. Quando viajo, só utilizo wi-fi e nem sempre conecto, então, o táxi foi a melhor opção. Ainda mais que estávamos em 4 pessoas sempre, então nem saiu caro. 🙂 bjs
Eu gosto também de conhecer as cidades a pé pois aproveitamos mais o passeio, mas tem umas como Montevidéu que é mesmo necessário pegar um taxi, ainda bem que eles são gentis, né?
oi Christian… é bem isso mesmo! Quando nossos pés não podem nos levar, buscamos meios de transporte alternativos: aí depende da cidade, do bolso, do tempo, da disponibilidade de cada viajante…
Sempre são tão úteis os posts sobre deslocamento em uma cidade. Adorei a tagarelice, adoro saber de histórias no taxi!
Eu também Martina, eu também! 🙂
Muito interessante seu post. Comecei a pesquisar sobre lá para talvez ir em Janeiro e estava com bastante duvidas quanto à deslocamentos. Obrigado
oi Diego! Tomara que dê tudo certo e que você vá mesmo visitar esta cidade tão fofa! Fico feliz em saber que ajudei um pouquinho! 🙂 bj
Amo estes posts com informações úteis de como nos locomovermos nos destinos. Estive em Montevideo em outra vida, e nem lembro se peguei táxi. Mas adorei a saber as histórias. =)
Oi Martinha… textos assim ajudam não é?! Então deve revisitar Montevidéu. A cidade mudou bastante! 🙂 bj
Adorei seu ppst, principalmente das histórias reais q vc contou. Até eu fiquei querendo saber se o taxista conseguiu realizar seu sonho de morar numa praia da Bahia. Já pensou se um dia encontrasse ele andando pelas cidades do Brasil?
Já pensou Sil?! Tomara que ele tenha conseguido passar a aposentadoria confortavelmente em uma praia na Bahia né?! bj
Eu gosto muito de tentar fazer o máximo de coisa possível a pé quando estou em uma cidade turistando, justamente pra ir conhecendo cada pedacinho dela, mas realmente as vezes fica meio dificil e é preciso pegar taxi mesmo, o que é uma boa experiência tb na maioria das vezes já que é mais uma pessoa pra gente conversar e saber mais sobre o local né
oi Paola… passa o mesmo conosco! Andamos sempre que possível, largas e longas distâncias para sentir e observar a cidade. Como nem sempre foi possível na capital uruguaia, o táxi terminou sendo uma boa opção. 🙂 bj
Adorei Montevidéu, mas minha passadinha pela cidade foi curta demais. Parada de cruzeiro é sempre uma correria. Quero muito voltar pra curtir com calma e adorei as suas dicas. Já anotei tudinho!
Volte sim, Simone, que Montevidéu é uma cidade muito fofa e muito amigável também. 🙂 bj
nos fomos de carro ate o uruguai e sentimos dificuldade em achar lugar para estacionar dentro da cidade, sem falar que tivemos q pagar estacionamento perto do mercado do porto
Eu imagino Angie… eu quase nunca viajo de carro e uma das razões é justamente essa: o trampo ( e o custo) de encontrar estacionamento nas cidades. bjs
Estive pela última vez em Montvideu há dois anos, mas usei o autocarro e andei muitooooo a pé 🙂 Quando usei taxi nem sempre foi fácil… pena não ter visto este post antes 🙂
oi Rui… também andei muito à pé, mas como nem sempre era possível ou aconselhável, o táxi em MVD é uma boa opção de deslocamento. 🙂
Quando eu fui, em 2016, usei muito Uber. Achei o serviço bom, mas os carros um pouco mais velhos que estou acostumada a andar aqui no Brasil! Os motoristas nos pediam para sentar com eles na frente pois lá existem os mesmos problemas entre táxi e Uber que aqui no Brasil.
oi Aninha… eu não usei Uber… obrigada por me contar sobre sua experiência. 🙂 bj